segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ritual dos beijinhos

Beijos de papel


As borboletas, aos jardins, aos amigos, aos gatos, aos cachorros, aos passarinhos,
e aos rituais dos beijinhos.


Um beijo, então
Beijinho
Grande, apertado abraço
Beijo beijão por hora
Um super beijo
Um enorme beijo
Beijaço


Beijo com cheiro de saudade
Abraços e mais abraços
Beijos, beijos
Te envio beijos
Saudosos 
Carinhosos
Beijin


C’est ça ma petite, baisers
Bons sonhos mon cher
Saudadinha
Três beijos alternados
Kisses na correria
Bracitos
Pitani bwino


Um beijo divertido pras borboletas
outro pro Rio de Janeiro,
Saudades coloridas
Gracias por tudo
No amor de mais uma lua cheia


Beijocas pra ti


Bacci baccini.



Um poeminha desenhado inteiramente
dos beijos virtuais
de cinco anos
de correios eletrônicos

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Mistaken Identities


If the larvae of Monarch butterflies (Danaus plexippus) are dependent on the Milkweed (Asclepias species) for survival, how come they have devoured my entire supply of parsley and of dill?  Milkweed is just down the road a few steps...

Iconoclast caterpillars?
Ah, no, not quite. In my human zeal I even attempted to move the last caterpillar to the milkweed patch.



Similar but not the same as Monarchs, these were Black Swallowtail larvae (Papilio polyxenes) that like to feed on dill, fennel, parsley, celery and other plants from the Umbelliferae family. At least, that is what my body of evidence suggests.


Within ten days or so, I witnessed the return of what looked to be the Progenitor of them all and soon, vibrant colorful swallowtails started to fly in the garden.


Today I found the third batch of larvae.
Great fun to learn to stay away from the nets, unwarranted urge to protect and interfere in transformation.

sábado, 3 de julho de 2010

BORDERLINE REVELATIONS

July 3, 2010
Revelations inside the borders of the solar plexus


Life awakening



Still clinging to the dew beauty of dream, once more I wake up to fright, gasping at dawn, once more alone and lost. Pinned to this bed by the gothic ceilings of this caravelle, this oh, so beautiful house. 

The gardens of my enchantment and of the butterflies, a country that was a stranger to me and that is now mine. I am a citizen of this community, in the more mundane sense, having sworn to the truth of wanting to stay.


I breathe and from the air that enters my body, the feeling of alone penetrates. I breathe and watch my face, open pores of nose, skin color of marzipan, a hair growing in the wart, the mouth demanding deeper and deeper air to stop this daily ache, in the awakening of my days. Of my aloness, in my body, I breathe, I feel.


On the road, maybe to my end, in this bed made of my own body. On the road I have no desire because desire does not work in this journey.


The insight to feel, to breathe,


so as to be alive, to get over this fright of life and death. To accept, in the awake and in this breath, that ageing is to know how to inhabit one’s own body. In this morning and moment I do not have the body of others as my aim, my own physical body is what composes me.


Of the bodies of others I know they compose music, sex, vibrations, love, the words of art, friendships, marriages, falling out of love, the people, relationships, all that which, in illusion, makes me corporeal.


In this instant, I do not need the bodies of others to be. I do not relate. I enter inside my own body, I recognize a borderline in this morning of mine. 

My unique possibility to inhabit my own time and to age. 

To have some peace.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Aprendizados

Quinta-feira, 1 de julho de 2010



Waking up
June 30, 2010


Revelação nas fronteiras do plexo-solar
e na vida do acordar

Acordo para mais um susto, apêrto do plexo solar, sufôco no amanhecer, mais uma vez, mais um dia, sózinha e perdida. Ainda apegada a fantasia do sereno dos meus sonhos. Nessa cama, deitada diante desses tetos altos e góticos deste veleiro, nessa casa tão bonita, com tanta beleza. No jardim dos meus encantos e das borboletas, num país que era estranjeiro pra mim e que agora é também meu. Sou cidadã dessa comunidade, no sentido mais mundano da palavra, até prestei juramento na verdade do querer ficar.


Respiro, e do ar no acordar que entra dentro do meu corpo, entra o sentir do só que entra dentro. Ao respirar enxergo a minha cara de perto, o nariz respirando, a pele côr de marsipã sem tintura, os poros abertos, os cabelos nas verrugas, a bôca pedindo ar para parar a dôr no plexo solar diário dos meus dias,

Do meu corpo, do meu só. Sou eu respirando e sentindo, talvez até a caminho do meu fim.

A caminho não tenho desejos porque desejar o que não tenho não funciona.








Na revelação sentir, respirar para poder estar viva, para ultrapassar o susto de viver e de morrer. Aceitar, no acordar e no respiro, que envelhecer é saber estar dentro do meu corpo próprio.

Nessa manhã e instante não tenho o corpo dos outros como meu proposito, o corpo físico meu é o que me compõe.


Do corpo dos outros o que sei é que compoem a música, o sexo, as vibrações, o amor, enfim, o palavreado da arte, as amizades, os casamentos, os disamores, o povo, os relacionamentos que na ilusão nos fazem corpóreos.

Tem a ver com o meu envelhecer,
a minha possibilidade unica
de habitar o meu tempo.



me dar paz.