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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ritual dos beijinhos

Beijos de papel


As borboletas, aos jardins, aos amigos, aos gatos, aos cachorros, aos passarinhos,
e aos rituais dos beijinhos.


Um beijo, então
Beijinho
Grande, apertado abraço
Beijo beijão por hora
Um super beijo
Um enorme beijo
Beijaço


Beijo com cheiro de saudade
Abraços e mais abraços
Beijos, beijos
Te envio beijos
Saudosos 
Carinhosos
Beijin


C’est ça ma petite, baisers
Bons sonhos mon cher
Saudadinha
Três beijos alternados
Kisses na correria
Bracitos
Pitani bwino


Um beijo divertido pras borboletas
outro pro Rio de Janeiro,
Saudades coloridas
Gracias por tudo
No amor de mais uma lua cheia


Beijocas pra ti


Bacci baccini.



Um poeminha desenhado inteiramente
dos beijos virtuais
de cinco anos
de correios eletrônicos

segunda-feira, 7 de junho de 2010


Árvores tombadas


Tramas, enrêdos, cenas, capítulos
protagonistas, heróis, vilãos e piratas
podem habitar o espaço branco da página
das árvores tombadas.

Mas não o poema.

O poema precisa pousar breve
respirar leve a sombra delas
pedir perdão pelo pedaço nosso
que arrancou da floresta


se enterrar
no esquecimento do castelo,
na selva da memória.


Fallen trees


Plot, characters, scenes, chapters,
protagonists, heroes, villains and pirates,
can populate the blank page
of dead trees.


But not the poem.


The poem must rest briefly
in their shade
take a breath,
ask forgiveness for the chunk it takes away
from us and from the forest


disappear inside,
the composting jungle of memory.

 
Original & translation by Erica Weick